sexta-feira, 30 de julho de 2010

And you come to me on a summer breeze.

É tão desesperadora a idéia cruel de saber da tua existência sem ser nossa, e olhar pra frente sem preencher meu tempo planejando coisas que te tragam alegria e te façam sorrir. E eu também sorriria, feito um pequeno espelho teu. Penso no futuro agora como algo que amedronta; sem porto. Sem as duas cadeiras da varanda em que veríamos o tempo passar até que a eternidade nos tomasse pelo braço para que caminhássemos nos lindos pastos verdes floridos. Minha idéia de céu ao seu lado.

Tudo se foi, como no leito de um rio. Acabou, e eu sou apenas um emaranhado de “nunca mais”. Talvez não seja nessa vida ainda. Como seus olhos tentaram me prever diversas vezes. E eu que pague o preço por ter desviado os meus. Nada nunca foi perfeito.

Por enquanto, vou continuar andando atento na rua procurando você em qualquer canto. Ainda ouvirei a nossa música três, quatro ou cinco vezes; ainda chorarei no escuro do meu quarto talvez as sextas, sábados ou domingos em que a sua falta será infinitamente maior. E tão maior será a saudade que o amor se curvará pequeno.

E eu vou te abraçar nas fotografias, poesias e músicas. No seu perfume que já mora em meu corpo, nos seus lábios que eu guardo o sabor no relicário da minha boca.

And you come to me on a summer breeze.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

talvez não seja nessa vida ainda;

Espalharam juras de amor, trocaram beijos dilacerantes, prometeram-se eternidade. Nada restou, além da saudade.

Talvez não seja nessa vida ainda...



P.S.: Eu sinto por vocês!

sábado, 17 de julho de 2010

(des)eternizar.

Quem inventou essa onda de eternidade? Essa chatice disfarçada de beleza e obrigação soa bem, mas no fundo é em vão. Da eternidade eu não quero nada. Estamos aqui de passagem. Eu, você, esse amor. Seria mais bonito, olhar bem fundo, e enxergar beleza na dor do fim. “O amor não intenta ser longevo”. Li certa vez numa rocha, e guardei.

Por que dói, eu sei. Mas passa. E a eternidade, meu bem, é que não passa de sonho. E no fim, tudo vira lembrança feliz.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

dabocaprafora dopeitopradentro

Ela, a quem eu dedicava minha euforia e minha inquietação. Só ela, que me sorria um sorriso de almas que se encontram, se tocam, se descobrem gêmeas. Plurais, mas singulares. Ela que agora é vaga lembrança feliz, outrora fora esperança de fincar raiz.

Ela é da boca pra fora, do peito pra dentro.


P.S.: Com o auxílio do olhar de poesia de D. Zin!