segunda-feira, 26 de março de 2012

Poesia sem nome


Da nossa cama
Dos nossos olhos que se olham desejos
Dos nossos beijos.
São essas coisas que eu falo,
Defendo,
Grito ao mundo no silêncio mudo de uma poesia sem nome -
Tudo o que eu sei tem algo seu.
Nem sempre nosso
Nem sempre desejo
Mas sempre silêncio.

terça-feira, 20 de março de 2012

Sobre todas as coisas que não foram

"Eu sei bem que terá
Nosso final feliz
Se você ficar comigo."

E todas as coisas que eu precisava saber sobre você? As que eu já sei, as que eu não sei, as que eu nunca saberei, nunca vou sentir. Nem o sabor do beijo que seria o melhor, nem o mel, nem o fel, nem o pior. Tudo parado ao meio, feito páginas em branco de um livro inacabado. Eu que sucumba os meus desejos ou engula-os com uma dose de vinho e um cigarro para digerir melhor. Ou a seco, para doer mais e eu ter mais ódio e talvez-quem-sabe te esquecer-mais-rápido-ou-te-querer-mais-mal. Como se fosse eterna essa raiva, esse desgosto, essa vontade de te ver morto. Como se fosse passageiro esse sorriso provocado por seu jeito nada convencional, esse brilho dos meus olhos ao encontrar os seus ou a serenidade da minha voz ao falar de ti. Quase música. Quase poesia. Quase Lua. Quase Noite.

A elas, todas as coisas que não foram, entrego o tempo.