Eu gosto da sua maneira de me fazer superior a tudo, e único nessa imensidão do universo. Eu gosto dos seus dedos me tocando, e da forma como os nossos perfumes se misturam. Eu gosto da saudade que fica entre suas idas e vindas, e do medo das suas idas. É tão inseguro tudo isso que a gente conhece como amor. E tão triste como os meus olhos quando a madrugada anuncia o amanhecer, que por sua vez anuncia a sua partida, que por sua vez anuncia a minha linda saudade triste.
Mas sabe aquela conspiração divina que os poetas chamam de destino? O meu não pode se resumir a te esperar. Sinto que é chegada a hora do ponto final. Poupe suas voltas, ou escolha outros (a) braços. Coragem pra seguir em frente nunca nos faltou. Aquela estrela escolhida numa noite qualquer de verão continua no mesmo lugar. Se a saudade bater, a gente volta pra ela, como num desses filmes insuportavelmente românticos. Sem perder o bom humor, combinado?
Você falou de planos – talvez eu tenha também. Quando acordar, volte pra casa.
P.S.: O último verso é da música 'Devia Ser', de Scambo.