Então chega o momento em que a gente só quer pensar na gente. Primeira pessoa do singular, ou talvez do plural – no momento, pouco me importa. E mais nada nem ninguém além.
Tenho pensado muito. Em uma proporção menor tenho sorrido. Ai chega também o momento em que tudo o que se quer é sentar e chorar. Até secar. Não dá vontade de morrer, não penso em me atirar da cobertura de um prédio no horário de pico do centro da cidade. Apenas sentar e chorar, até secar. Depois fica uma solidão disfarçada de paz. E toda essa agonia é apenas pressa de viver, por mais contraditório que isso pareça.
Tenho também enjoado de gente, e desejado conhecer novos rostos. Quem sabe novos corpos?
Quero o efeito do álcool e tatuagens no rosto. É algo bem próximo de certeza e segurança, que é o que procura essa alma confusa virginiana. Mas nem de toda infeliz. Jogo a culpa nos astros, suponho ser um inferno astral antecipado. Pura piada! Sempre vi certa poesia nessa maneira em que as pessoas encontram para justificar suas angústias.
Mas tudo passa. Tudo tem que passar, ainda que permaneça a solidão disfarçada de paz. E então a gente sorri e agradece por existir. E esquece a que se destina.