Vanguardismo nunca foi meu forte. Se foi, ele se disfarçava num tanto absurdamente grande de nostalgia e saudosismo. Daqueles bem chatos, sabe? O cheiro da minha infância ainda circula pelo quintal lá de casa. Vai até os pulmões e me enche de vida.
Sinto falta de 2008, ano de conquistas importantes. Do mesmo modo tenho restrições ao pensar nele. Naturalmente! Lembro da expectativa matinal diária de imaginar uma atualização no blog do Zuma ou no de Fábio, dos e-mails trocados sem compromissos e repletos de risos, e dessas coisas cotidianamente banais, mas que somam tanto. Sou um pouco de todas elas.
A poesia me deixou. A inspiração não. Trouxe uma nova-forma-bonita de descrever o mundo e as sensações. Bem vinda seja, como todas as coisas novas que vêm vindo. Falarei disso mais vezes, sempre que perguntado.
Por fim, nessa manhã azul e chata de segunda-feira, queria falar do que trazia aqui dentro. Li que segunda-feira não é de Deus! Eu adoro a criatividade alheia. Vou ouvir Belchior e pensar no futuro. Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação. Que flores brotem nas primaveras do peito. E do tempo.
P.S.: Perdoem a escrita corrida. É a falta de tempo, felizmente.