segunda-feira, 20 de setembro de 2010

desabafo de um saudosista.

Vanguardismo nunca foi meu forte. Se foi, ele se disfarçava num tanto absurdamente grande de nostalgia e saudosismo. Daqueles bem chatos, sabe? O cheiro da minha infância ainda circula pelo quintal lá de casa. Vai até os pulmões e me enche de vida.

Sinto falta de 2008, ano de conquistas importantes. Do mesmo modo tenho restrições ao pensar nele. Naturalmente! Lembro da expectativa matinal diária de imaginar uma atualização no blog do Zuma ou no de Fábio, dos e-mails trocados sem compromissos e repletos de risos, e dessas coisas cotidianamente banais, mas que somam tanto. Sou um pouco de todas elas.

A poesia me deixou. A inspiração não. Trouxe uma nova-forma-bonita de descrever o mundo e as sensações. Bem vinda seja, como todas as coisas novas que vêm vindo. Falarei disso mais vezes, sempre que perguntado.

Por fim, nessa manhã azul e chata de segunda-feira, queria falar do que trazia aqui dentro. Li que segunda-feira não é de Deus! Eu adoro a criatividade alheia. Vou ouvir Belchior e pensar no futuro. Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação. Que flores brotem nas primaveras do peito. E do tempo.


P.S.: Perdoem a escrita corrida. É a falta de tempo, felizmente.

domingo, 19 de setembro de 2010

minhabocasua

O silêncio se propaga. De repente tudo se emudece na velocidade de um entardecer. Corpo, olhos, sala, e as entranhas impregnadas por seus horizontes e promessas. A cidade se despede do dia com um cheiro de nostalgia e mar. Tudo se cala! Um silêncio com gosto de solidão que amarga na minha boca. Minhabocasua.

Quisera eu, por um momento que fosse, estar possuído pela auto-suficiência dos fracos que se iludem acreditando na possibilidade de viver sem amor. Idéia inútil – tudo mentira e ilusão. E então guardo a minha tormenta. Ao menos essa amargura me inspira. E me maltrata. E dói. Vicio sem cura.

domingo, 12 de setembro de 2010

pelo caminho.

Sinto vontade de chorar. Simples como é, ou deveria ser. E ter quem me puxe pra perto, me limpe as lágrimas, me traga epifanias. Me faça saber existir. É o que eu te peço. A que será que se destina? Quero descobrir pelo caminho.

Não tenho escrito, Mabel me alertou. Me falta tempo, inspiração, e vontade. Mas eu tento. Juro que tento. Mas Lari (doce com ela é) aprendeu com Caio e me ensinou: Relaxa baby, e flui: barquinho na correnteza Deus dará.