Na última conversa com Leti e Jubs, daquelas que poucas pessoas te proporcionam, a tristeza foi pauta. Há beleza nela. Há fé ou esperança pedindo pra ficarem e a gente lutando contra. Há a reflexão, a introspecção, a vontade de ser invisível. Há um olhar diferente sobre o mundo e as coisas e as cores. Quando há cores. E silêncio, muito. Também lágrimas. E a gente tem que ter a cabeça boa para sair maior e melhor. E perceber que tudo passa e há quem queira e acredite nas mesmas coisas que você. Em algum lugar desse mundo. O encontro fica por conta do destino, mas é preciso movimento. Então chore tudo o que tiver de chorar para que cure de todo o mal e não reste nada – nem mágoas atrapalhando o que há por vir.
Não foi um dia fácil, mas a primavera está batendo à porta. “Preparando o campo e alma pras flores”. Coloquei no celular um lembrete que vai disparar no primeiro dia da nova estação. Vou abrir as portas e tirar as coisas boas guardadas nos armários e gavetas do meu quarto. Vou abrir a janela, primavera quer entrar, como disse Camelo na música. Comprei incensos. “Roupa colorida, alegria às vistas. Indecência, indiscrição” (Vanessa não cantou essa naquele show). Não foi um dia fácil. Teve peso, saudade, ciúme. A parte boa é entender que vem de um bem querer enorme. Ainda há silêncios, mas na previsão que eu li no jornal falavam de alegrias de acordes vibrantes de música e amigos. Quis ter fé. Tudo vai virar lembrança feliz. Como disse Mel na mensagem de ontem: “Tá chegando a hora de você, efetivamente, se desapegar do que ficou pra trás. E de se permitir viver outras coisas.”
Amém.
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