sexta-feira, 12 de março de 2010

Pra eu esquecer de mim.

Anoiteceu como sempre. Rotina infeliz, quando o Sol se apressa, sem que você chegue. A noite é mais fria no meu abraço com a solidão. O meu refugio torna-se um auto-acalento. Emilio sóbrio canta Saigon no toca-discos. E o infinito de outras promessas parece mais distante. A sala cheira a teu perfume doce, o corpo arrepia a espinha dorsal.

Eu que suporte a sua ausência. Que seja forte – se doce não posso mais. Me perco nos pensamentos amargos que a saudade grita, e crava, e exala em meus poros ainda seus. Todo seu, o encanto meu. Como o sonho, que absorve o meu deleite, onde o corpo afagado por teus olhos-luz, e a brisa suave que teu corpo emanava em mim.

Eu não sei mais ser apático a essa falta de lucidez em que me encontro. Sobre o amor, que seja qualquer coisa que eu não mais conheça. Desapareça, suma, e eu esqueça.

Despejo em você, o nervosismo do meu seio ao te enxergar! Eu não quero nada comigo. Nem a órbita do teu corpo zonzo, nem o céu, mar, areia, estrelas, chuva, nada! Nada!

Ainda preso em tuas lembranças, vou num rumo descompassado à liberdade. Que ela me abrace e me guie.



“E é só você chegar, pra eu esquecer de mim.”

2 comentários:

  1. Amoooor, como vc acalenta meu coração! É tão belo ler o que vc escreve, como as palavras parecem correr pelos meus olhos, adentrando meus poros e me fazendo melhor!

    Vc tem um dos abraços mais BELOS QUE JÁ VIVI, posso sentir seu cheiro bom.. saudades agora FÍSICAS DE VC!

    TE AMOOOO!

    ResponderExcluir
  2. " Eu que suporte a sua ausência "

    Eu gostaria muito de saber fazer e viver isso...por enquanto ainda esta sendo dificil...

    Te amo...além do amor!!!
    Ly e Duda.

    ResponderExcluir