sexta-feira, 14 de maio de 2010

Noturno.

Vitor Andrade


E quando chega o silêncio, é que preencho o vazio de pensamentos soltos. Domo a noite em minhas mãos, enfrento as solidões nos milhares de olhares que encontro pelas ruas: todos têm você! É que aparece uma distância continental da tua voz. E nessa esfera é que eu padeço, sem reação, enquanto o manto escuro noturno cai sobre mim. É tão sublime falar de amor. Pena que me soe falso. Por que eu trago reverberando em meu corpo a sua ausência sentida suando na pele. Meus pólos te exalam. Teus olhos me calam. Silêncio. Tudo à minha volta, silêncio.


Ao (envolvente) som de "O amor não sabe esperar".



2 comentários:

  1. E o silêncio se faz intenso e encantador. Perfeita sintonia entre as palavras; linda poesia. Desde já seguindo. Parabéns!

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