Eu grito, me visto, me limpo, me rasgo. Você desvia o olhar para o horizonte em que nada acontece. Você adormece. É o que te resta. A mim, não. Eu grito, me visto, me limpo, me rasgo. Me banho num frasco inteiro de perfume barato, acendo velas, visto roupa nova. Você dorme. “É a chuva e o frio”, acredito. Não acredito, mas alimento a esperança. Volto para a chuva, e a visão da cidade vazia. Domingo, fim de noite, outono, e solidão acumulada. Eu, você dormindo, as fotos e as lembranças, o cigarro na metade, uma garrafa vazia, e os olhos borrados-vermelhos.
Quero escrever. Quero te dizer as muitas-coisas-entaladas, e você só dorme. Quero que leiam todo o sentimentalismo que pula do meu peito para o papel, e do papel para o lixo. É assim que tem que ser.
Suas palavras brilham e enchem meu peito de amor.
ResponderExcluirEu leio, te vejo, te sinto, enlouqueço e grito:
ResponderExcluirPORRA assim vc me mata!
2 altos e bjos!