terça-feira, 19 de junho de 2012

Terça, 19


O corpo humano é sobretudo o espelho da alma e daí vem sua maior beleza.”

Rodin






Encontrei a paz no silêncio da arte, essa que desperta as mais diversas emoções e reações. Primeiro chorei feito criança longe da mãe e ouvia música nesse momento. Dessas que parecem que foram feitas para a gente. Caminhava e chorava e ouvia música, num ritmo incessante. Busquei a paz numa igreja, não na voz de um padre que cobrava o dízimo. Pensei em sair, quando um cântico, talvez gregoriano, não entendo muito disso, se entoou na voz dos fiéis – quase cena de Almodóvar. Poucas coisas são tão bonitas quanto a fé transformada em arte ao invés de fanatismo. O padre me banhou de água benta e sai. Encontrei a paz no silêncio da arte. Entrei em um museu e vi o cotidiano retratado com beleza e simplicidade. A vida por si é arte. Mas o que eu queria ali era o silêncio de um mundo escondido dentro do mundo. Universo paralelo, esses lugares que silenciam dentro do caos da cidade. Santuários de silêncio e paz. E arte. Encontrei a paz no silêncio. Era o que a alma pedia.

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