“O
corpo humano é sobretudo o espelho da alma e daí vem sua maior
beleza.”
Rodin
Encontrei
a paz no silêncio da arte, essa que desperta as mais diversas
emoções e reações. Primeiro chorei feito criança longe da mãe e
ouvia música nesse momento. Dessas que parecem que foram feitas para
a gente. Caminhava e chorava e ouvia música, num ritmo incessante.
Busquei a paz numa igreja, não na voz de um padre que cobrava o
dízimo. Pensei em sair, quando um cântico, talvez gregoriano, não
entendo muito disso, se entoou na voz dos fiéis – quase cena de
Almodóvar. Poucas coisas são tão bonitas quanto a fé transformada
em arte ao invés de fanatismo. O padre me banhou de água benta e
sai. Encontrei a paz no silêncio da arte. Entrei em um museu e vi o
cotidiano retratado com beleza e simplicidade. A vida por si é arte.
Mas o que eu queria ali era o silêncio de um mundo escondido dentro
do mundo. Universo paralelo, esses lugares que silenciam dentro do
caos da cidade. Santuários de silêncio e paz. E arte. Encontrei a
paz no silêncio. Era o que a alma pedia.
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