sábado, 5 de fevereiro de 2011

de resto, eu sou seu.

Falam tanto do quanto a vida é curta, que eu tenho medo de não viver tudo o que eu (sei que) tenho pra viver. Todo mundo tem desse medo, né?

Desejo viver um grande amor num outono europeu, e sofrer por um grande amor em Paris, em algum apartamento pouco iluminado, com vista para um dia cinza de inverno, enquanto assisto as pessoas passarem em seus pequenos suicídios individuais, de quem não se permite contemplar coisa alguma, e seguem por obrigação.

Quanto tempo já faz desde a última vez? A minha cabeça está tomada pela razão, mas de resto eu sou seu. Em qualquer lugar eu sou seu, e não aprendi a deixar de ser. Tenho tentado, e repito: falam tanto do quanto a vida é curta, que eu tenho medo de não viver tudo o que eu (sei que) tenho pra viver. Todo mundo tem desse medo, né?

Você não! Você é forte – mais que eu. Mas eu ainda tenho os planos. O grande amor no outono europeu, o sofrer de amor em Paris, e tanta, tanta coisa.

Por enquanto, eu fico aqui. Mas fico com os sonhos e os planos. E você, entrego ao tempo.

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