terça-feira, 7 de outubro de 2014

Casa

@aandradevitor



Minha carne
É animal indomável
Quando há teu cheiro.
Não há medo
Nem luto
Não há abismo
Aceito!
Teu corpo-céu
Sorri minha fadiga,
Minha fala falta
A pele alva
Queima
Cão raivoso!
Mundo imenso
Se curva
Ao meu desejo
Minha barriga
É a casa
Do teu beijo
Na loucura
Que é te aceitar:
Ser impuro-celeste!
Tal qual peste 
À tentar
Tal qual veste
Ao chão...

Corpo etéreo
Onde o abraço
É amplidão.

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