terça-feira, 7 de outubro de 2014

Segunda poesia calada

@aandradevitor


O silêncio é esse abismo
Tortura das horas
Prato cheio do efeito sombrio do tempo.

Não oro enquanto escrevo
A poesia por si só é o divino
O canal direto com Deus 
Que não nos fala pela voz
Mas também não silencia.

Escrevi textos que são como rios
Fluxos sanguíneos que deságuam em mares diversos
Desafiam leis, morais, costumes.

O que não falo é o estrume,
O avesso da liberdade,
O anti-ser que aprendi a ignorar.

Mas o que escrevo são ruelas de mim
Que descaminham solitárias nos becos da sorte.

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