terça-feira, 7 de outubro de 2014

Noturno

aandradevitor

A cidade ainda dorme no breu do quase amanhecer
Uns repousam de orgasmos noturnos
Outros das lágrimas
Tudo é silencio
E essa não é uma poesia diurna.

As putas e os notívagos 
Retornam aos seus lares
Deuses inconscientes habitam os sonhos
Uns traçam seus destinos
Outros seguem suas intuições
E a cidade é tão bonita nessa hora
Quando o movimento do fim e do começo se atravessam
E o silêncio é um convite tentador
Ao risco de tentar ser o novo, de novo
E há algo no íntimo que não se contenta e pede mais
E grita silenciosamente
E a cidade me entende
E me grita de volta.
Conversas mudas
Que florescem nas horas.

“You don't know me
Bet you'll never get to know me”

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