quinta-feira, 22 de abril de 2010

Desabafos de Outono II


Eu posso te enxergar nos meus braços de novo. Te sentir na malemolência dos nossos corpos brincando nus e puros. São esses os sonhos e os planos que eu não mais possuo. Eu procuro abrir os olhos e enxergar o Sol brilhando numa nova estação mais feliz e sorridente. Mas é ainda tudo outono em meu peito. Ligo o rádio, e toca aquela música que você me ensinou a gostar. No carro, na rua, aqui dentro. Me persegue, e é cruel te enxergar assim, e te ver feliz. Querer descansar desse amor que me suga parece ser em vão. Me calo e aceito a condição que o destino me impôs. Perdi as forças para lutar, e saio de cena, entregando os pontos, na mais humana das fraquezas. Que reflita em mim o brilho dos teus olhos ao acolher o amor em teu corpo, para que eu siga mais leve. Teu corpo mais leve.


"Mais leve que o ar. Tão doce de olhar. Que nenhum adeus pode apagar."

ao som de 'Deixar Você' (G. Gil), 'Waited All My Life' (R. Midón), 'Pra te Lembrar' (C. Veloso), e 'Tudo Pode' (Tamy).


Um comentário:

  1. "Que reflita em mim o brilho dos teus olhos"

    Lindo como vc poeta!!!
    Saudades eternas!

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