quinta-feira, 8 de abril de 2010

Num gosto de quase imortalidade.

Meu corpo empolou – se do suor dos teus poros. E despiu-se da pele errante e latente. Transcendeu em níveis serenos de êxtase. E tudo se esvaiu, como leite derramado a longo alcance. E o meu corpo desconheceu prazeres maiores, e amores maiores, e outros sonhos. Tudo vinha daí! Esse canto de mundo que eu chamo de amor. Esse gosto profundo de despudor. Esse ser que meu corpo reconhece como meu. Não mais silêncio e adeus.

Esse beijo que me envaidece, me faz menos humano, num gosto de quase imortalidade. Somos vitais!

Prolongo a minha vida na saudade que eu pressinto. Vaidade nua e crua, que pura, desata nossos nós, e somos antes, e acima de qualquer coisa, liberdade. E eu grito, e danço ao vento, e vou sem rumo...

Pois chego sempre em você.

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