sábado, 8 de maio de 2010

Começaria tudo outra vez;


Eu tenho tudo em você. Os pensamentos dos mais intensos, a vaidade nascente a cada manhã, até a ressaca nos dias que sucedem as longas noites de solidão e amargura. Mas que é que eu quero se não isso? Se não derramar todo meu sofrimento nas madrugadas perdidas com o pensamento tão em vão, tão em você. Deixo que Gonzaguinha me sussurre meio inebriante e fora de si. Ao som desse bolero, vida, vamos nós. Noite adentro, intenso e bêbado. Agora me perco nessa noite, em que a Lua me grita alto. Sou teu palco: um corpo encantado de encontro à noite. Fecho os olhos, e tudo a minha volta é um abraço seu. Mas eu quero falar da noite, que é tudo o que eu sei. Não sei, mas sinto. E sentir é como despir-me e ser a dança do vento. Meu verso. Meu pensamento. E vou na alegria de não saber voltar, mas sempre te encontrar aonde eu chego. Suas inquietações perseguem a minha pálpebra cansada.

Danço solto, humano. Engano os olhos, sigo parte intacta de amor.

Pra não saber voltar.

3 comentários:

  1. Toda vez que eu leio seu blog eu fico sem saber o que comentar, poeta. Se garante muitooo!

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  2. "A dama de lilás me machucando o coração.."

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  3. Até meu pai pagou pau pra esse post! Jurinho!
    " A maturidade desse menino é a de um homem de 33 anos! Ele vai longe" (palavras dele)

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